O consumo desenfreado que presenciamos nos últimos tempos, onde a população passou a ser vista como “uma nação de consumidores” foi o que fez manter a economia ativa. Há cinquenta anos, um americano consumia menos de duas vezes o que consome hoje.
Isso se deu, pois após a segunda Guerra Mundial a economia encontrava-se em um ritmo desacelerado tendendo a crise, e por conta disso, como forma de melhorar esse quadro, à saída foi a de fazer do consumo um meio de vida e satisfação pessoal e espiritual.
Assim, para que a economia se fortalecesse, todos teriam que consumir mais e mais, os produtos teriam que ser fabricados para permanecerem úteis por pouco tempo ou tornarem-se defasados constantemente, assim fazendo o consumo andar em um ritmo muito acelerado. A economia passou a estar voltada para a produção de bens de consumo.
Antigamente, as pessoas gastavam mais seus produtos, hoje estas gastam mais com novos produtos. Esse ciclo vicioso do consumo desenfreado provoca endividamento e uma falsa satisfação aos consumidores, pois estes pensam que ao adquirir “aquele produto” se tornariam mais felizes e satisfeitos, mas a satisfação é momentânea, e muitas vezes o produto seria desnecessário naquele momento.
Além disso, o consumismo provoca problemas relacionados à sustentabilidade, já que a quantidade de lixo produzido é maior e os recursos utilizados tornam-se cada vez mais e mais escassos.
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Então, como parar de consumir tanto?
O consumo é viciante, quanto mais uma pessoa consome, maiores as chances de ela voltar a consumir mais e mais.
Como a roda da economia gira em torno do consumo, percebemos que estamos cercados de incentivos para consumirmos cada vez mais; é uma propaganda na TV que manda você trocar seu aparelho de Telefone, é um Outdoor dizendo que você está ultrapassado e que precisa de uma roupa nova, de um carro do ano… tudo motivando para um desejo de compra.
O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas, e com isso, provoca sentimento de satisfação nas pessoas que buscam comprar com a finalidade de suprir sentimentos de rejeição, angústia, frustração, ansiedade, tristeza, baixa estima, etc.
Você realmente precisa daquilo? Ou compra por impulso, fica deslumbrado inicialmente, e pouco tempo depois, se arrepende da compra?
Muitas das vezes, quando uma pessoa já tem o costume de comprar “coisas” de que não precisa, esta gasta além do que pode e acaba endividada, e com um entulho de objetos inúteis dentro de casa. Isso é jogar dinheiro no lixo!
“A maior parte de nós tende a comprar coisas por impulso ou, simplesmente, por conta daquela ideia de que quanto mais você tem, melhor você vive”, reitera o também colaborador do Instituto Vitae Civilis em projetos como as atividades da Green Economy Coalition no Brasil.
Comprar produtos com uma utilidade real é o primeiro passo para quem quer reduzir o consumo e economizar dinheiro para gastar com “coisas” realmente importantes. Depois vem a questão de reaproveitar ou usar máximo possível o que você já possui.
Portanto, consumir menos e de forma mais racional não é coisa de outro mundo. A conscientização é a palavra que deve guiar o seu bolso e a sua mente na hora da compra. Não compre nada, que após meia hora, não precise mais, compre “bens” mais duráveis e que tenham utilidade imediata para você.
REFERÊNCIAS:
“Consumismo”, Wikipedia encontrado no Site: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumismo>, acessado em 26/12/11.
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