A comunicação não-verbal tem grande importância no processo de comunicação, pode auxiliar em negociações e mostrar o que não é dito através das palavras, ou seja, o que fica retido nas entrelinhas do diálogo.
Uma pessoa se comunica de maneira racional, quando transmite dados e informações através das palavras. Por outro lado, o seu corpo, de certa forma, deixa escapar os sentimentos que ficaram contidos e reprimidos durante o processo de comunicação.
Transmitimos sensações e sentimentos quando nos expressamos, e isso se torna evidente através dos gestos, do olhar, do tom da voz e de todo um conjunto de expressões regidas pelo corpo físico.
Deste modo, quando uma pessoa tem conhecimentos sobre a linguagem corporal, consegue realizar uma comunicação mais verdadeira, pois passa a enxergar tanto a parte racional quanto a emocional transmitidas por seus receptores, permitindo que consiga interferir na própria comunicação não–verbal a fim de transmitir maior confiança, segurança e credibilidade.
As técnicas gestuais que auxiliam na obtenção de um maior controle físico dentro da linguagem não-verbal não são de fácil aprendizado, é preciso atenção e esforço constante para que se possa realizar as modificações e aprender um novo conjunto de gestos dentro da linguagem corporal. A observação é a arma mais poderosa que se tem a fim de delinear o comportamento alheio e assim traçar uma estratégia corporal adequada que possa lhe beneficiar.
A imagem também tem grande representatividade sobre o perfil de uma pessoa e sobre o que ela representa. A projeção concebida durante as negociações funciona como uma ferramenta de “Marketing pessoal”.
Segundo Judi James, uma pessoa precisa começar os estudos e o aprimoramento da própria linguagem corporal trabalhando todas as seis áreas chaves, que são:
Sinalização de longo Alcance – é a forma referente ao posicionamento e a postura. São as características próprias relacionadas à locomoção e ao posicionamento, a maneira de sentar, ou ficar de pé. Estas características são afetadas pelo humor, estresse e saúde.
Linguagem dos membros – Como os membros se posicionam durante a comunicação.
Micromovimentos – São gestos menores, visíveis durante o processo de comunicação; como o movimento das mãos, dedos e pés.
Comportamento facial – São sinais emitidos através das expressões da face.
Comportamento espacial – Quando o espaço e a proximidade podem interferir ou ampliar os resultados da comunicação.
Contato físico – Quando há contato físico entre as pessoas no ambiente de trabalho, a comunicação propicia resultados de alto impacto.
Depois de iniciado o processo de aprendizagem, as pessoas não podem ganhar confiança e acreditar que, com o conhecimento já adquirido realizarão sempre uma comunicação eficaz e eficiente. Para que a comunicação se estabeleça com excelência é preciso buscar constantemente mais conhecimentos relacionados ao assunto e ter em mente que a transmissão de uma mensagem depende de um equilíbrio geral de todos os sinais, assim as partes por si só podem não garantir um resultado satisfatório.
A comunicação não-verbal também é considerada como uma ferramenta estratégica para as empresas que buscam fortalecer sua imagem perante os stakeholders. E entender a comunicação como uma ferramenta estratégica, permite que se construa um ambiente promissor, em que todos possam valorizar e compreender melhor a visão, missão e objetivos futuros da organização, e assim, venham a se tornar aliados na busca por esses objetivos.
De acordo com Janet Knapik, “Nas organizações, uma cultura que privilegia uma comunicação que seja coerente, sincera e clara, traduz uma gestão transparente para sua força de trabalho e para a comunidade… A comunicação não verbal deve fortalecer os contatos impessoais, tornando as informações mais seguras e dignas de crédito”.
Conhecer a linguagem não-verbal facilita a comunicação e possibilitam meios para reverter situações de estresse, medo, insegurança, falta de atenção, etc, contribuindo para o surgimento de um ambiente de trabalho mais prazeroso e confortável.
REFERÊNCIAS :
KNAPIK, Janete. “Gestão de Pessoas e Talentos”. 2. ed. – Curitiba: Ibopex, 2008.
James, Judi. “Linguagem corporal no trabalho”/Judi James; tradução Eduardo Rieche. – Rio de Janeiro: BestSeller, 2008.
Comentários
Postar um comentário