Benchmarking pode ser definido como um modelo de gestão estratégico, considerado tático, por abordar assuntos objetivos relacionados a uma análise mais focalizada.
De acordo com Christopher E. Bogan “Benchmarking é simplesmente o método sistemático de procurar os melhores processos, as ideias inovadoras e os procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior”.
David T. Kearns, da Xerox Corporation, afirma que “Benchmarking é o processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes concorrentes, ou a empresas reconhecidas como líderes em suas indústrias”. A Xerox foi à primeira empresa a se utilizar do chamado Benchmarking e definiu o modelo como um processo contínuo de medição de desempenho.
Portanto, Benchmarking é um método de comparação sistemático de desempenhos, processos, produtos e serviços entre as organizações, com a finalidade de encontrar as brechas entre as melhores práticas assumidas no mercado e o desempenho atual de uma dada organização, que pode com isso, descobrir melhorias de cunho tecnológico, social, econômico, psicológico, etc., e assim conseguir criar, fazer evoluir padrões e desenvolver processos.
Existem atualmente quatro tipos básicos de Benchmarking:
Benchmarking interno: é a análise comparativa entre as áreas internas de uma organização.
Benchmarking competitivo: é a comparação entre a organização e sua concorrência, a fim de obter melhores indicadores e um maior desempenho.
Benchmarking funcional: é a comparação entre a organização e outras do mesmo ramo de atuação, a fim de obter melhores indicadores e um maior desempenho.
Benchmarking genérico: é a comparação de indicadores e desempenhos entre a organização e outras do mesmo ramo e de outros ramos de atuação, a fim de obter modelos genéricos mais eficientes.
Esse modelo pode auxiliar na construção da análise de SWOT de uma empresa que busque conhecimentos mais aprofundados sobre as reais ameaças e oportunidades que a cerca, assim possibilitando a construção de estratégias que levem a melhorar o seu desempenho organizacional através da análise, pesquisa e evolução de ideias.
Segundo a pesquisa Management Tools & Trends 2005, feita pela Bain & Company, o Benchmarking é a terceira ferramenta de gestão mais usada pelas empresas.
Dessa forma, existem três perguntas que necessitam ser respondidas para se conhecer o que deve ser mudado ou melhorado na organização, e para isso, é preciso que antes se defina o objetivo do uso do Benchmarking:
1- Até que ponto somos bons no que fazemos?
2- Somos tão bons quanto os outros no que fazemos?
3- Como podemos fazer melhor o que já fazemos?
As futuras mudanças e melhorias que venham a ser incorporadas à organização devem ser bem planejadas, pois mesmo que duas empresas sejam similares, de certa forma possuem diferenças que pode impactar negativamente no momento da comparação.
A prática de Benchmarking implica as seguintes etapas de acordo com o livro “Modelos de Gestão – 2ª ed.” de Marcel Van Assen, Gerben Van Den Berg e Paul Pietersma:
1 – Determinar o escopo do projeto.
2 – Escolher o(s) parceiro(s) de Benchmarking.
3 – Determinar medida(s), unidades, indicadores e o método de coleta de dados.
4 – Coletar dados.
5 – Analisar discrepâncias – chegar aos fatos por trás dos números.
6 – Apresentar a análise e discutir implicações em termos de (novos) objetivos.
7 – Gerar um plano de ação e/ou procedimentos.
8 – Monitorar o progresso pelo continuo uso de Benchmarking.
Portanto, é preciso que o gestor, que faça o uso do Benchmarking, tenha os devidos cuidados antes de implementar o projeto, pois não sendo bem planejado e testado, pode resultar em pouca ou nenhuma melhoria.
REFERÊNCIAS:
Assen, Marcel van – Modelos de Gestão: Os 60 modelos que todo Gestor deve conhecer / Marcel van Assen, Gerben van den Berg, Paul Pietersma; [tradução Milena Steger].—2. ed.—São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
RIGBY ,Darrell, BILODEAL, Barbara. “Management Tools and Trends 2005″, encontrado no site: <http://www.bain.com/management_tools/Management_Tools_and_Trends_2005.pdf>, acessado em 06/03/12.
Christopher E. Bogan e Michael J. “Benchmarking Aplicações e Práticas”. Makron Books:1996.
University of Rochester (2005). David T. Kearns Center.
ASSEN Marcel Van, & Gerben van den Berg e Paul Pietersma. Modelos de Gestão. 2ª Ed. Pearson.RJ 2010
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