A administração financeira deve estar sempre interligada as outras áreas da empresa, abastecendo-as e sendo abastecida de informações, pois dessa forma, o profissional que lida com as finanças pode fazer previsões e tomar decisões com uma efetividade maior, já que o departamento financeiro interfere ativamente nas demais áreas.
Um administrador financeiro, de acordo com Gitman (2010), analisa as demonstrações contábeis e realiza assim o planejamento estratégico e tático de ação e toma decisões que levem em conta os custos-benefícios marginais dessa análise. Ele analisa o ativo circulante e imobilizado da empresa para poder tomar decisões de investimento; e analisa o passivo circulante, dívidas de longo prazo e o patrimônio líquido quando precisa tomar decisões de financiamentos.
Dessa forma, o administrador financeiro precisa controlar de maneira eficaz a entrada e saída de recursos financeiros, buscando proporcionar o crescimento, desenvolvimento e a estabilidade da empresa unida as demais áreas.
Para isso, pode utilizar a construção do Orçamento de Caixa, que é um modelo de planejamento que leva em conta o fluxo de caixa passado para que se realize um planejamento do fluxo de caixa futuro, mensalmente, por bimestres,…, ou anos, dependendo da natureza das atividades da empresa; quanto mais instável for, menor o prazo de análise e construção do orçamento de caixa. O planejamento de caixa possibilita que o administrador financeiro visualize possíveis dados de caixa futuro, e assim possa tomar decisões com antecedência.
Caso o orçamento não se assemelhe com o fluxo de caixa real, o erro pode servir como aprendizado para que se possam melhorar as previsões seguintes.
Existe um formato geral de orçamento de caixa, onde seus componentes são: Recebimentos, Desembolsos, Fluxo de caixa líquido, Saldo de caixa inicial, Saldo de caixa final, saldo de caixa mínimo, Financiamento total necessário e Saldo excedente de caixa.
Os recebimentos, que são as vendas, recebimentos de duplicatas, contas, dividendos recebidos, empréstimos bancários e outras entradas, englobam todas as entradas de capital no caixa da empresa por determinado período financeiro.
Desembolsos são todas as saídas de capital do caixa da empresa durante determinado período financeiro, e as principais transações que contribuem para redução do caixa são: Compras à vista, Pagamento de dividendos, pagamento de juros, amortização de dívidas, aquisição de itens e bens do ativo permanente, pagamento de fornecedores, pagamento de despesas, contas a pagar e outros.
O fluxo de caixa líquido é a diferença entre os recebimentos e os pagamentos durante determinado período financeiro.
O saldo de caixa final é o somatório do saldo de caixa inicial com o fluxo de caixa líquido durante determinado período financeiro.
Financiamento total necessário é o valor do saldo de caixa mínimo desejado menos o saldo de caixa final. Se o saldo de caixa mínimo desejado for maior do que o saldo de caixa final, a empresa precisaria de capital, portanto teria que recorrer a financiamentos.
Saldo excedente de caixa total é o valor do saldo de caixa mínimo desejado menos o saldo de caixa final. Se o saldo de caixa mínimo desejado for menor do que o saldo de caixa final, significa “sobras” no caixa, ou valor excedente que pode ser utilizado para realização de aplicações em títulos negociáveis de curto prazo ou realizar pagamentos antecipados.
Após realizada construção do orçamento de caixa, a empresa pode descobrir se necessitará de Financiamentos ou se terá um saldo excedente, ou seja, se terá um superávit ou déficit. É importante que a empresa tome bastante cuidado caso ocorra um déficit, pois a decisão de um financiamento a longo prazo pode “desafogar” sua situação momentaneamente, mas trazer dificuldades ao longo do tempo, porém se o valor for alto, não tem por que não utilizar um financiamento a longo prazo. É preciso analisar se o seu negócio comporta ou não a nova dívida.
REFERÊNCIAS:
Comentários
Postar um comentário